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  • Observatório Angola: a ROI no terreno

    “Na vida uma pessoa tem que ter um objectivo”, dizia uma mulher de 35 anos com 3 filhos, professora primária, que tinha voltado a estudar para ter uma licenciatura. “Hoje queremos chegar mais além”, dizia outra em circunstâncias similares.

    Esta é a tónica do discurso de quem vê o país a mudar todos os dias, de quem tem capacidade de relativizar porque já passou por muito há muito pouco tempo.

    Apesar de todas as dificuldades e de um quotidiano duro e exigente, quase todos os indivíduos ditos de classe média que conhecemos, mesmo os da classe média mais baixa, nos deram sinais deste ‘mais além’, desta conquista presente, mesmo que seja marginal, mesmo que seja feita de avanços e recuos.

    Esta incursão do Observatório Angola ao terreno encheu-nos. Encheu-nos de pistas de investigação, de vontade de explorar mais, da certeza de que há uma sociedade que, pela força da mudança acelerada, precisa de ser acompanhada mais de perto.

    A clivagem de perspectivas entre homens e mulheres, a conquista das decisões estáveis e de um pensamento a médio prazo, a configuração dos jovens como um target positivo, a carência de espaço público ou a relevância do estágio de construção de um novo sistema de confiança, são alguns dos trilhos de investigação que se desenham com nitidez nesta primeira fase de estudo qualitativo.

    É só um começo, mas auspicioso q.b..

    [em baixo alguns olhares que, por si, já dizem muito]

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